Herbário

 

É impraticável aos interessados nos estudos botânicos ter permanentemente à mão plantas vivas nos diversos estágios de desenvolvimento e abrangendo grande número de espécies pertencentes a muitos grupos taxonômicos, mesmo dispondo de um Jardim Botânico em que possam ser cultivadas espécies provenientes das mais variadas e longínquas plagas.

Daí não se pode prescindir de outros meios que permitam superar tais dificuldades, o que não importa dizer que são dispensáveis as coleções de plantas vivas, o acompanhamento de seu desenvolvimento em cultura ou sua observação na natureza. Entre os meios de que se lança mão para minorar as deficiências resultantes da impossibilidade temporária ou permanente de realizar estudos com plantas vivas, notadamente os relacionados com sua identificação botânica, destacam-se as coleções de exsicatas depositadas em Herbário.

Dá-se o nome de Herbário a uma coleção de espécimes vegetais que, após tratamento adequado, são mantidos em instalações apropriadas para conservação. Representa um repositório de plantas de uma área geográfica limitada (País, Região, Estado) ou mesmo da totalidade do globo.

Há procedimentos que devem ser adotados em relação à formação de herbários, abrangendo desde a coleta de amostras, prensamento, secagem até montagem, etiquetagem e fichamento. Com algumas variantes, a organização do Herbário depende das preferências do botânico curador. Em regra, há uma esquematização e ordenação dos espécimes herborizados em correspondência com um sistema de classificação geralmente adotado. Tratando-se de pequenos herbários, as exsicatas são comumente dispostas nos armários segundo a ordem alfabética.

Qualquer das fases nos trabalhos de organização do Herbário tem importância no resultado final desejável, isto é, na obtenção de coleções de que emanem informações científicas úteis e merecedores de crédito, capazes de nortear trabalhos, não só a taxonomia Vegetal a que se destinam principalmente, mas também de outras áreas da Botânica, tais como Fitogeografia, Ecologia, Botânica Econômica e Botânica Florestal etc.

Evidentemente, o aspecto mais importante a considerar num herbário é a boa apresentação e conservação das exsicatas e principalmente sua correta identificação, levada tanto quanto possível ao nível de espécie e, quando for o caso, até o de variedade. Por outro lado, merece um destaque especial aquele relacionado com os cuidados necessários à proteção das coleções, que incluem, com freqüência espécimes de plantas raras ou até mesmo extintas, além de tipos, principalmente holótipos, que são, como se sabe, elementos a que os táxones estão permanentemente vinculados, desde sua descrição e publicação original.

 

fonte: Portal educação

 

Prensa de Secagem de Plantas

 



O que é um herbário

É uma colecção de plantas prensadas e secas, dispostas segundo determinada ordem e disponíveis para referência ou estudo.
Um herbário pode conter algumas centenas de exemplares colhidos num determinado local, ou, geralmente, ser composto de milhões de exemplares, acumulados ao longo de muitos anos e que documentam a flora de um ou mais continentes.
O objectivo geral da gestão de um herbário é a colheita e conservação de exemplares de plantas com as respectivas etiquetas. Destas etiquetas fazem parte elementos referentes ao local e data da colheita, nome do colector e a identificação da espécie em questão (binome latino seguido do nome do classificador).

A formação de herbários iniciou-se no século XVI em Itália, como colecções de plantas secas e cosidas em papel.

Lineu (1707-1778), designado como o “pai da taxonomia” aparentemente popularizou a pratica corrente de montar os exemplares em simples folhas de papel e guardá-las horizontalmente. Este botânico foi quem fez uma das principais obras de referência (Species plantarum, 1753), a partir da qual se passaram a designar as plantas pelo binome latino.

Para que serve?

Para referenciar e permitir identificar facilmente as plantas. A identificação é feita com base em floras, que são livros que contêm chaves e descrições que permitem distinguir as várias famílias, géneros, espécies, entre outras categorias taxonómicas.
As chaves de identificação são feitas com conjuntos de caracteres morfológicos das plantas. Para observar estes caracteres, por vezes, é necessário recorrer a lupas. As plantas têm um nome científico (composto por duas palavras em latim, a 1ª referente ao género e a 2ª à espécie, seguidas do nome do classificador), que é o mesmo em qualquer parte do mundo. As designações vulgares variam regionalmente e podem não corresponder a uma única planta.

Como se faz uma prensa para secar o material para conservar no herbário?

Material necessário

 

    


- 2 placas de madeira (dimensões sugeridas – 40x30 cm), com um furo a 2,5 cm de cada um dos quatros cantos
- 4 parafusos compridos com porcas de orelhas e jornais.

Procedimento

Sobre uma das placas de madeira colocar vários jornais, depois um exemplar completo da espécie a herborizar (com caule, folhas e flores/frutos, eventualmente raízes) dentro de um jornal e, novamente, jornais vazios. Não esquecer de colocar junto a cada planta colhida uma etiqueta com os seguintes elementos: nome da planta (científico, se conhecido, ou vulgar), local da colheita (o mais pormenorizado possível, com distrito, concelho, lugar, ecologia, se é seco/húmido, próximo de caminhos, altitude, etc.) data da colheita, nome do colector.


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É importante haver jornais sem plantas entre exemplares herborizados, para a humidade que sai das plantas e que é absorvida pelos jornais não passar dum exemplar para outro. Assim, evita-se o crescimento de fungos (bolores) nas plantas e fermentações, que as danificavam, não permitindo a sua conservação.

Depois de prensadas todas as plantas colhidas coloca-se a outra placa de madeira e apertam-se as porcas de orelhas dos parafusos, até sentir alguma pressão, de modo que as plantas fiquem espalmadas, mas não esborrachadas!!!. Têm que se mudar os jornais com frequência, de início todos os dias e, posteriormente, à medida que a planta vai secando, vai-se diminuindo a frequência de substituição dos mesmos.



 


copyright Lucélia Pombeiro e Teresa Nogueira INETI - DTIQ


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    Fonte: Ciência Viva